Por Caíque Tibiriçá*
Vivemos no interior de grande crise capitalista, iniciada em 2008 com a quebra do Lehman Brothers e consequente acirramento da luta de classes, no mundo na América Latina e no Brasil.
Diante de suas dificuldades, o imperialismo norte americano, se mostra mais agressivo e para manter seu domínio, retira direito dos povos, aniquila a soberania das nações e ataca as liberdades e a democracia.
No mundo, as correntes liberticidas só são derrotadas diante de amplitude nas formas de resistência.
Na América Latina vemos o continente ameaçado pelas forças das trevas e dos retrocessos. Estas desrespeitam a auto determinação dos povos e sua soberania cotidianamente. Assim fazem na Venezuela, onde chegaram a ousadia de escolher um “presidente” ridículo, Levantes contra a opressão vemos no Equador e Chile. Derrotas ao neoliberalismo na Argentina e possibilidade de vitória no Uruguai. Desrespeitam resultados eleitorais ou decisões judiciais quando seus interesses são contrariados, como vemos agora na Bolívia.
Governos são derrubados, sob os mais diferentes pretextos como vimos no Panamá, Paraguai, Brasil e agora na Bolívia. A maior liderança popular do Brasil, Lula, que liderava as pesquisas para as eleições de 2018, é presa sem provas para viabilizar a eleição de Bolsonaro. Lula foi condenado, repito sem provas, por um juiz que depois vira ministro do governo eleito cometendo diversas ilegalidades.
No Brasil, direitos dos trabalhadores são retirados via Reformas trabalhista, previdenciária, administrativa entre outras. Nossa soberania é atacada, Estatais estratégicas são privatizadas e desnacionalizadas. Não bastassem as entregas do governo FHC, agora doam a Embraer, ameaçando o BB, a CAIXA, o BNDES, a Eletrobras, Casa da Moeda, Saneamento aqui incluído o AST de Alcântara, que no meu entender, nenhum acordo com o Estado ou governos americanos, pode ser promissor, ou garantir nossa soberania ou defender os povos da região e muito menos produzir a transferência de tecnologias dos países desenvolvidos. São interditadas portanto toda e qualquer possibilidade de desenvolvimento via Ciência, Tecnologia e Inovação vide o ataque aos Centros de Pesquisas e Universidades Públicas.
Diante deste quadro, se impõe aos brasileiros a unidade da esquerda brasileira, sem exceções Disputas de protagonismos, hegemonismos ou manifestações de sectarismos só nos levarão a derrotas. Avançar no debate das Fundações Partidárias pela construção de Projeto Nacional de Desenvolvimento, unir os esforços da liderança da minoria na Câmara aos Movimentos sociais (Centrais Sindicais, Juventude, Mulheres, Negros e Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo).
A unidade da esquerda é necessária mas insuficiente para fazer frente ao atual governo. Construir portanto ampla frente nacional democrática é tarefa urgente a todos nós. As candidaturas do PCdoB nos municípios devem servir a este objetivo. Conversar com TODAS as forças com base programática. A Unidade é a chave da vitória, Sempre na luta, Pátria livre venceremos
*Caique Tibiriçá é Membro da Comissão Política Estadual e vice-presidente do PCdoB RJ.
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